Da teoria à prática!

Da teoria à prática!

Este é daqueles títulos que poderíamos adaptar a tantas realidades que até nos dói a alma só de pensar. Por isso, vamos lá balizar convenientemente as coisas, porque estamos a falar de opiniões sobre opiniões de coisas sobre as quais já outros opinaram. Demasiado confuso?

Vejamos bem. Todos, eu incluso, temos a opinião sobre algo, nomeadamente sobre a opinião de outros. Mas por que o fazemos e constantemente? Será o desejo de nos colarmos a algum tipo de posição? Será apenas o nosso hábito de contestar tudo e de querermos ser  controversos?

A questão resume-se ao facto de estarmos apenas a opinar sobre algo e de não estarmos a criar nada de novo. Até o poderíamos fazer já que temos, cada vez mais, o trabalho facilitado por algumas mentes brilhantes que conduziram da teoria à prática conceitos que hoje só temos de verbalizar para “ficar bem na fotografia”. No mundo empresarial, todos querem ouvir falar de novidades… Era aqui que eu queria chegar com este título. O quão inovadores efetivamente somos nós nossos negócios?

Na condução daquilo que já foi inventado, até somos do melhor, conseguimos aproveitar bem o que outros já teorizaram, praticaram, erraram, alteraram, praticaram novamente e implementaram com sucesso. Em todo o caso, se conseguimos fazer isto e até opinar, porque não nos colocamos nós nos pés de verdadeiros estrategas e tentamos conduzir o nosso caminho do sucesso? A prática tem custos e a economia não nos dá tempo para parar, pensar e gastar algum capital… mas também é verdade que nada se faz sem investimento e risco. Pondo de lado o fator capital, deveríamos fazer alguma coisa a este respeito, e deixarmo-nos de ficar apenas pela teoria de que deveríamos “ser assim” na nossa empresa, mas depois nada fazermos para lá chegar.

Não basta falar das coisas para elas acontecerem, há que fazê-las efetivamente! E é aqui que o “gato vai às filhoses” – temos sempre algo mais importante ou que nos importa mais no momento, comparando com a acção em si, com o passar do conceptual à prática e arriscar.

Mas nem tudo são más notícias e há empresas que gostam de visões que lhes façam sentido e que inclusive são capazes de arriscar e investir. Agora, cabe-lhe a si concretizar a visão que mostrou! Por isso, antes de ir para o terreno com aquilo que pensa ser uma solução, analise, teste-a e nunca a pratique on-going. Veja e oiça o que está à sua volta, reinvente-se todos os dias, mostre na prática o que de novo pode (e deve!) ser feito. Poderão existir situações de sucesso, mas acredite que um dia vai dar errado e isso, nos negócios, é imperdoável!

 

Por Nuno Trindade, Business Analyst – People & Marketing Manager