14 Feb Boa noite, que amanhã há “more”
Em respeito pelo descanso, pela família e por qualquer um de nós enquanto pessoa, é positivo pensarmos que a porta está sempre aberta quando temos oportunidade de a fechar. Bem sabemos que o relógio não pára e que às vezes é difícil dissociar o trabalho da nossa vida pessoal, mas é fundamental sabermos dizer amanhã há mais.
A linha é ténue entre o nível de responsabilidade que queremos entregar no nosso trabalho e as nossas responsabilidades enquanto pessoas com uma vida extralaboral, mas o segredo reside precisamente aqui, em conseguirmos fixar esta linha.
Por mais workaholics que sejamos, isto é imperativo. Já lá vai a moda de que trabalhar muitas horas é que é bom e parece bem. Digo eu!
Estamos numa nova era, em que nos devemos centrar mais nos objetivos do nosso trabalho e no nosso dia-a-dia. Estamos numa era em que existe imensa distração, na qual todos os marketeers tentam desenfreadamente fazer aparecer algo relevante de entre um tsunami de informação e contra-informação, e a vontade de uma nova geração de se afastar um pouco desta onda, que quer efetivamente fechar a porta – por vezes ao mundo! As pessoas querem dedicar-se ao seu microuniverso, seja ele virtual ou outro, pelo que se impusermos o trabalho pelo volume de horas e não pela sua eficácia e objetividade, vamos perder a corrida na caça de talentos. Queremos pessoas felizes, certo? Queremos pessoas entusiasmadas, não é verdade? Queremos conhecer o mundo destas pessoas, estudá-las no sentido de lhes proporcionar o que querem num trabalho?
Para hoje estarmos entre aquelas empresas em que todos querem trabalhar, já não basta pagar dentro dos valores praticados no segmento de mercado em que nos inserimos, não basta dar um rol de benesses, não basta sermos uma empresa que fatura balúrdios. Agora há mais, muito mais e marcar a diferença nesta imensidão é o “the new deal”. Foi por isto que me veio à cabeça esta ideia: vamos ser uma empresa onde qualquer cliente tem resposta em tempo útil, onde pode ver sempre a porta aberta, quando perceber que esta se tem que fechar por breves instantes, aqueles em que somos pessoas e nos relacionamos de outra forma, com outros interesses, noutra onda.
Até amanhã, que amanhã há “more”.
Por Nuno Trindade, Business Analyst – People & Marketing Manager